quarta-feira, fevereiro 08, 2006

ZÉFIRO

nado em sangue
vermelho denso
amargo
tento respirar mas o ar é quente
abafado
o céu que antes azul agora é cinza...
Anseio por tempos melhores
minha morada amassada
grito por Zéfiro- o deus do vento
peço-lhe que faça ventar bem forte
levando tudo de sufocante
desamasse e me faça enchergar o melhor caminho
para retormar o trilho agora desviado
nas cinzas que apodrecem

Ilumine meu interior!

que esse vulcao que sou eu acalme
adormeça por anos sem destruir moradas
natureza e principalmente:
meu amor

Um comentário:

Gustavo Marchesini disse...

em tempos de abelhas e flores selvagens, onde a vida do vulcão de faz clara e certa, onde os olhos não alcançam e o ar é insuportável, do gás metálico e mortal, da asfixia inicial e da respiração contraída, tudo é movimento, é vida e criação, como você e eu, dois corpos, uma alma, uma vida e uma morte, da queima do ar e da chama surda do fundo do mar, eu e você, nunca quebraremos