quarta-feira, outubro 06, 2010

quarta-feira, setembro 29, 2010

domingo, setembro 19, 2010

De vítima a algoz

O menino nasce em “berço de jornal”, mais um na vasta lista de indigente que irá compor o índice – abaixo da linha de pobreza. Seu nome não importa, foi gerado ao acaso por uma “mulher da vida” e um Zé ninguém.
Mal nasceu e já estava engatinhando na rua fazendo bonito para um de seus irmãos ganharem uns trocados. Olhava tudo lá de baixo imaginando que um dia seria grande e forte, como seu pai desconhecido que construía arranha-céu.
Mal nutrido e “problemático” foi encaminhado pela assistente social contratada pela empresa que atendia a comoção penosa de seus funcionários. Deparavam-se todos os dias com aquele pequeno ser desnutrido, manchado e melequento que cruzava seus caminhos, atrapalhando o sossego de uma classe mediana. A maior preocupação antes dessa era o último lançamento da loja “tal” ou o restaurante a quilo que iriam almoçar no dia. Pensamentos banais para uma população manipulada.
Foi encaminhado para uma escola, pública, claro! Lá achou que aprenderia a ler e escrever, mas muito mal conseguia copiar o que a “tia” impaciente e cansada tentava menos um dia “ensinar”.
Percebeu que a “onda” era ser malandro, que assim conseguiria a atenção das meninas e dos adultos. Os últimos se manifestavam em brocas homéricas onde o colocavam no seu “devido lugar” de Zé ninguém.
O celular que sua mãe não podia comprar e as roupas mais bonitas que via na televisão não estavam ao seu alcance, pois como zuavam os amigos: - Você é muito feio para usar!
Aos poucos foi se embrutecendo, tomando porrada para aprender a ser gente grande. Um dia, desses ensolarados, disse à mãe que iria a praia e decidiu não voltar. Hoje é o marginal temido e descriminado social.
Enquanto histórias como essa continuarem a se repetir no nosso país, não acredito em DEMOCRACIA!

quarta-feira, janeiro 13, 2010

SIGO

Olho para os lados e tropeço...
constantemente.
Hoje vejo o dia e não me dou conta
que a noite cala.
Erros e acertos num contra senso infinito.

A esperança me deixa sem graça,
ela é amarela é forte como o sol.
Uma fotografia e pronto:
capturada novamente!

Poesias desencontradas
tiram meu sono.
Filmes de Almodovar,
Teatro de Brecht,
Sonata de Chopin,
Reggae de Bob Marley,
mergulho no mar...
Ainda é possível se sentir prazer.