segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Oficina




Meu coração palpita e não sei bem para que lado ir.
Fico sonhando acordada sem sair do chão
Se tivesse asas estaria bem distante daqui,
Fugindo dos sentimentos tolos e fracassados que me fazem mal...
Quero alcançar o arco-íris e ir embora para sempre.
Caminhando nas nuvens que dissipam no ar como um espirro que traga prazer.
A aurora do tempo, o vento no rosto do balanço rangendo na árvore velha.
Tanta poesia, infindáveis belezas no mundo e me emociono com coisas que nem sei descrever.
A trouxa de retalhos que o Gregório ganhou de herança da avó,
a menina que veio de Recife e provou a passagem menina/mulher,
os apaixonados por Guimarães Rosa,
o canto da moça bonita,
os marrecos e os pássaros pelo jardim do museu,
as palmeiras que alcançam o céu protegendo-nos aqui na terra
do que pode desabar e nem sabemos.
Mistérios, signos, significação, mandalas e sons sem fim.
Notas de violino que contam histórias d’alma.
Olhares sutis a procura do profundo de cada um.
Contenho-me em dor, em alegria que brota quando não espero.
Como Clarice, sou muito ocupada, tomo conta do mundo.