quinta-feira, agosto 11, 2011

Dia de roteiro para woody Allen com direito a nevoeiro.



Noite de domingo, resolvi tentar dormir cedo quebrando a regra que me é natural...
Vira para cá, joga travesseiro para lá, zumzum de mosquito passeando pelo ar.
Lá pelas tantas na tentativa frustrada de uma noite de sono para o compromisso do dia seguinte finalmente consigo dormir um pouco, mas logo logo acordo assustada com o pesadelo. Ia ver um filme que havia pego na sexta-feira mas acabei não vendo me preservando, mas o "Ritual" aconteceu no meu sonho" mesmo, onde uma amiga que tenho como irmã apareceu do nada em cima de mim com uma cara de possuída tentando me sufocar... cruzes!!!!
... Sigamos....
Banho, roupa, bolsa e gato. Enquanto escovava meus dentes ouvi o rádio de algum vizinho sinalizando o meu possível atraso: "A barca esta funcionando lenta devido ao forte nevoeiro" Alguma coisa assim... Rumo as barcas SA mais apressada ainda. Chegando lá me deparei com uma fila gigante. Após espera, iniciamos a viagem Niterói/Rio. Me direcionei para a parte da frente, próxima de onde seria o desembarque. Enquanto falava no celular começou um corre corre doido na direção contrária. Desliguei imediatamente e olhei para a janela lateral das barcas tentando visualizar o que poderia estar tão errado ao ponto de me fazer pensar que o meu dia final teria chegado. Avistei a lateral de um navio cargueiro gigante, que para eu ter conseguido ver, realmente a colisão com ele naquela velocidade já seria suficiente para fazer um grande estrago.
....seguindo.....
Não me importava mais com o atraso, de perder o carro, de ter que esperar o nevoeiro passar para voltar para casa, não me importava mais com nada, o que viesse era lucro, e eu estava ali, perplexa e viva!
Só cheguei dez minutinhos atrasada, metrô nessas horas funciona bem para variar.
Conheci Vassouras, fui ao encontro da REM numa visita técnica ao Museu da Hera, foi surpreendentemente bom! Fiz coisas que nem me passaram pela cabeça naquele dia, visita guiada pela casa da Eufrásia, viagem no tempo do café, contação de história, curta em esteira com direito a pipoca e refri, jardim eco cultura, onde podemos regar, plantar muda e saborear uma deliciosa limonada de limão galego, acha que acabou? eu tb achei, mas ainda fizemos uma trilha e lá estava a maior surpresa do dia para mim ao menos, uma roda de Jongo! Até dançar na roda eu dancei. Não tenho palavras para traduzir aquela energia no meio do bambuzal.
Túnel de bambu, muda e verduras para levar para casa, o máximo! Só encontramos isso em Vassouras... Fiz amizades, ri bastante e voltamos juntos com o carro institucional, o mesmo grupo da ida, com o mesmo motorista. No caminho, adivinhem só? A embreagem do carro parou de funcionar e descemos a serra com a mesma marcha, até chegar num engarrafamento na linha vermelha e ter que parar o carro. Espera, fome, risos, xixi no batalhão mais próximo:)
Reboque até São Cristóvão e resolvemos seguir só com a mesma marcha até o Catete, lugar de origem da viagem. Todos sem abandonar o barco, unidos naquele dia cheio de surpresas. As 21h, com direito a aplausos e vaias na calçada, chegamos sorrindo da visita que teria retorno as 17h. Nos despedimos todos com a sensação de missão cumprida e mais histórias para contar.

sábado, agosto 06, 2011

"A mulher de trinta anos" Balzac

"Cem vezes durante o dia, cem vezes durante a noite, um arrepio percorre minha mente, meu coração e meu corpo quando uma lembrança muito debilmente combatida traz-me as imagens de uma felicidade que imagino maior do que é. Essas cruéis fantasias fazem empalidecer meus sentimentos e digo a mim mesma: Que teria sido a minha vida se...?"