sábado, setembro 15, 2007

Procuro-me...
Dentro e fora.
Nos olhos, nos espelhos, nos esquecimentos dos dias que vivi.
A complexidade do interior x exterior sempre postos a prova.
Limite entre corpos e cabeças que se esbarram.
Na calçada avistei aquele desconhecido,
me surpreendi com não sei o que,
até perceber que aquele era eu.
O desejo do desconhecido,
imaginação que não desmancha
revelando a solidão.

Um comentário:

Gustavo Marchesini disse...

dentro e fora, artifícios de linguagem, postulados e convenção de um mundo regido pelo vazio do consumo, pela falta do desejo; dentro e fora, resquício de um olhar, materno, amoroso; ponte entre eu e você, entre você e o outro; não um outro qualquer; aquele que se apresenta como objeto amado, desejado enquanto desconhecido, perdido mais uma vez; objeto roubado, malogrado, maldito em parte e partido em bem e mal; desconhecido dentro e fora de mim, imagem-limite-entre-eu-e-você; desconhecido no limiar, na fronteira entre imaginário e real; quando toco em você? aonde está o limite? a ilha onde me reconheço enquanto ser-amante e ser-amado? onde está? o olhar, a respiração;